Walter Benjamin, filósofo da Escola de Frankfurt, quando discute a obra de arte e sua aura, afirma:
Poder-se-ia defini-la como a única aparição de uma realidade longínqua, por mais próxima que esteja. Num fim de tarde de verão, caso se siga com os olhos uma linha de montanhas ao longo do horizonte ou a de um galho, cuja sombra pousa sobre o nosso estado contemplativo, sente-se a aura destas montanhas, desse galho. Tal evocação permite entender, sem dificuldades, os fatores sociais que provocaram a decadência atual da aura. Liga-se ela a duas circunstâncias, uma e outra correlatas com o papel crescente desempenhado pelas massas na vida presente. Encontramos hoje, com efeito, dentro das massas, duas tendências igualmente fortes: exigem, de um lado, que as coisas se lhe tornem, tanto humana como espacialmente, “mais próximas”, de outro lado, acolhendo as reproduções, tendem a depreciar o caráter daquilo que é dado apenas uma vez.
(BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p.15.)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
A discussão sobre arte e aura, no referido texto, se refere a um problema religioso.
A aura não significa a singularidade da obra de arte.
A obra de arte possui aura porque possui as seguintes características: é única, irrepetível, duradoura.
O declínio da aura não tem relação com as transformações sociais e econômicas.
Com o aumento da produção e apropriação artística, aumentou-se também o valor da aura na obra de arte.