Vossa majestade verá que fiz de minha parte tudo quanto podia e, por mim, no dito tratado, está feita a paz. É impossível que vossa majestade, havendo alcançado suas reais pretensões negue ratificar um tratado que lhe felicita seus reinos, abrindo-lhe os portos ao comércio estagnado, e que vai pôr em paz tanto a nação portuguesa, de que vossa majestade é tão digno rei, como a brasileira, de que tenho a ventura de ser imperador.
(Paulo Rezzuti. D. Pedro: a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos)
O fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI, versando sobre o tratado por meio do qual Portugal reconhecia a independência do Brasil, mediante:
a renovação dos tratados comerciais de 1810;
a concessão aos portugueses da Ilha de Trindade;
a assinatura de um acordo de reciprocidade;
o compromisso assumido pelo Brasil de cessar o tráfico negreiro;
o pagamento pelo Brasil de uma indenização de 2 milhões de libras.