Você sabia que, no período imperial brasileiro, muitas mães não queriam amamentar os seus filhos? Isso acontecia, em alguns casos, por puro recato.
Um historiador apontou que “o hábito do aleitamento materno seguia a escala inversa da renda familiar”, ou seja, as mães mais ricas amamentavam muito menos do que as mães pobres.
Para realizar essa tarefa, algumas famílias alugavam, de outros proprietários, escravas especializadas em amamentar e cuidar dos bebês das famílias de classe alta e média, hábito que ocorria tanto na cidade como no campo. Essas escravas ficaram conhecidas como “amas de leite”.
(ALENCASTRO, Luiz Felipe de (org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, vol.2, p. 63. Adaptado.)
A prática do aluguel de amas de leite demonstra algumas características do escravismo brasileiro.
Com base no texto, podemos concluir que a escravidão do Brasil
contribuiu para a produção econômica, sem influenciar a cultura familiar no país.
esteve presente no cotidiano social, tanto na zona rural como nos meios urbanos.
proibiu os escravos de circularem pelos ambientes domésticos de seus proprietários.
manteve negros e brancos separados, evitando qualquer tipo de relação social entre eles.
ocorreu sem violência, pois mulheres negras amamentavam, por amor, as crianças brancas.