FCM PB Medicina 2015/2
Resolução
Passo 1 – Entender o fenômeno físico
Na câmara escura só existe um orifício muito pequeno. Assim, apenas um feixe estreito de luz proveniente de cada ponto do objeto consegue passar por esse furo.
Passo 2 – Seguir o caminho de dois pontos extremos
• Ponteiro do pé (ponto mais baixo do objeto).
• Topo da cabeça (ponto mais alto do objeto).
Como a luz se propaga em linha reta, o raio que parte do pé cruza o orifício e atinge a parte superior do papel vegetal; já o raio que parte da cabeça atinge a parte inferior. O mesmo vale para todos os pontos intermediários. Resultado: a imagem surge de cabeça-para-baixo (invertida).
Passo 3 – Relacionar ao princípio óptico
O que garante essa troca “alto ↔ baixo” é exclusivamente a propagação retilínea da luz. Se a luz fizesse curvas espontâneas, os raios não se cruzariam ao passar pelo orifício e a imagem não ficaria invertida.
Resposta: alternativa B.
Dicas
Erros Comuns
Conceitos-chave de óptica geométrica
- Propagação retilínea: em meios homogêneos e transparentes, a luz viaja em linhas retas. Esse é o princípio essencial para câmaras escuras, sombras e eclipses.
- Independência dos raios: cada raio de luz move-se sem interferir em outros. Importante para sobreposição de imagens, mas não para a inversão.
- Reversibilidade: a trajetória de um raio pode ser percorrida no sentido inverso. Útil em espelhos e lentes, mas não explica por si só a imagem invertida.
- Reflexão difusa: ocorre quando a luz incide em superfícies irregulares, espalhando-se. Não há reflexão envolvida num orifício isolado.
- Lei de Snell (refração): descreve a mudança de direção da luz ao atravessar a interface entre dois meios. Não é aplicada quando a luz atravessa apenas um furo no mesmo meio.
