ENEM 2014 segunda aplicação

Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade Média das águas às quais devia sua imunidade a ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na prática, era uma cidade-estado independente na altura do século X. Veneza era única na cristandade por ser uma comunidade comercial: "Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas", como um surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se relacionaram com mercadores do islã.

FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo e islã, de Maomé à Reforma. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004

A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros como Veneza, reflete o(a)

a

importância das cidades comerciais.

b

integração entre a cidade e o campo.

c

dinamismo econômico da Igreja cristã

d

controle da atividade comercial pela nobreza feudal.

e

ação reguladora dos imperadores durante as trocas comerciais.

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Resposta
A
Tempo médio
1 min

Resolução

Análise da Questão e Solução Passo a Passo

A questão pede para identificar o que a expansão das atividades de troca na Baixa Idade Média, exemplificada pelo dinamismo de Veneza, reflete.

  1. Leitura e Compreensão do Texto Base: O texto descreve Veneza como uma cidade-estado que emergiu na Idade Média, tornando-se independente na prática já no século X. Destaca sua característica única como "comunidade comercial", contrastando-a com atividades agrícolas ("Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas"). Enfatiza suas relações comerciais tanto com Constantinopla (Império Bizantino) quanto com mercadores do Islã.
  2. Identificação do Fenômeno Central: O texto foca na natureza essencialmente comercial de Veneza e seu sucesso nesse campo, negociando com diferentes potências e se destacando por essa atividade.
  3. Relação com o Comando da Questão: O comando pergunta o que a expansão do comércio na Baixa Idade Média, dinamizada por centros como Veneza, reflete. O texto sobre Veneza serve como um exemplo desse processo mais amplo.
  4. Análise das Alternativas:
    • A (importância das cidades comerciais): O texto descreve Veneza exatamente como uma importante cidade comercial, cuja existência e prosperidade dependiam do comércio. Isso se alinha diretamente com a ideia de que a expansão das trocas foi impulsionada por centros urbanos dedicados ao comércio.
    • B (integração entre a cidade e o campo): O texto sugere o oposto para Veneza, ao citar o observador que nota a ausência de atividades agrícolas, indicando uma especialização comercial em detrimento da integração com o campo.
    • C (dinamismo econômico da Igreja cristã): Embora Veneza fosse parte da cristandade, o texto atribui seu dinamismo ao comércio e à sua independência, não diretamente à ação econômica da Igreja. A Igreja tinha seu papel econômico, mas o exemplo de Veneza ilustra o dinamismo comercial autônomo.
    • D (controle da atividade comercial pela nobreza feudal): O texto ressalta a independência de Veneza e sua natureza comercial, o que contrasta com o modelo feudal tradicional, onde a nobreza baseava seu poder na terra, não no controle direto do comércio interurbano e internacional, que era mais ligado à burguesia emergente.
    • E (ação reguladora dos imperadores): O texto menciona que Veneza era apenas "nominalmente submetida ao Império Bizantino", sendo na prática "independente". Isso indica uma ausência, e não a presença, de uma forte ação reguladora imperial sobre seu comércio.
  5. Conclusão: A alternativa que melhor reflete o fenômeno descrito (expansão das trocas na Baixa Idade Média) com base no exemplo de Veneza é a que destaca a importância das cidades que se especializaram e prosperaram com o comércio. Portanto, a alternativa A é a correta.

Dicas

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Qual é a principal atividade econômica de Veneza descrita no texto?
Qual era o status político de Veneza em relação ao Império Bizantino, segundo o texto?
Como o texto diferencia Veneza das comunidades focadas na agricultura?

Erros Comuns

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Não relacionar o exemplo específico de Veneza ao processo geral da expansão comercial na Baixa Idade Média.
Interpretar a menção ao Império Bizantino como um controle efetivo sobre o comércio veneziano (ignorar "nominalmente" e "na prática, independente").
Confundir a estrutura econômica de uma cidade-estado comercial como Veneza com a economia predominantemente agrária e senhorial do feudalismo.
Superestimar o papel direto da Igreja ou da nobreza feudal no tipo específico de dinamismo comercial descrito para Veneza.
Interpretar a citação sobre a falta de agricultura como indicativa de integração, em vez de especialização.
Revisão

Revisão Conceitual

  • Baixa Idade Média (séculos XI-XV): Período caracterizado por transformações significativas na Europa, incluindo o renascimento comercial e urbano, o declínio gradual do feudalismo e o fortalecimento das monarquias.
  • Renascimento Comercial e Urbano: Processo de intensificação das trocas comerciais e do crescimento das cidades na Europa a partir do século XI. Fatores como o aumento da produção agrícola, o crescimento populacional, as Cruzadas e a maior segurança contribuíram para esse fenômeno.
  • Cidades-Estado Italianas: Cidades como Veneza, Gênova e Florença que, durante a Idade Média e o Renascimento, gozavam de grande autonomia política e econômica, tornando-se centros vitais do comércio, especialmente no Mediterrâneo.
  • Veneza Medieval: Exemplo proeminente de cidade-estado comercial. Sua localização estratégica, frota naval e habilidade diplomática permitiram que dominasse rotas comerciais importantes, conectando a Europa Ocidental ao Império Bizantino e ao mundo islâmico.
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