Veja a reprodução das telas Autorretrato, de Tarsila do Amaral, e da Série Polvo, de Adriana Varejão.
O autorretrato, prática relativamente comum desde a Antiguidade, origina-se não apenas no desejo de contemplação do artista por ele mesmo, mas também na possibilidade de mobilizar um imaginário pessoal em estreita relação com o grupo, a comunidade, o país.
Tendo isso em mente, é possível afirmar que todas as afirmativas estão corretas, EXCETO
Ambas as pinturas sugerem certo desejo identitário, embora distantes historicamente e relacionadas a contextos bastante distintos.
Ambas as pinturas sugerem a questão da identidade, materializada no gênero autorretrato, como espaço de disputas irreconciliáveis.
O contraste entre a opulência do Autorretrato, de Tarsila do Amaral, e as suas outras obras retratando trabalhadores e populares reproduz as angústias da influência no Modernismo brasileiro.
A série de Adriana Varejão, através da referência constante à paleta de cores, sugere criticamente a impossibilidade de assumir identidades únicas em uma contemporaneidade fluida.