Uma pessoa está parada numa calçada plana e horizontal diante de um espelho plano vertical E pendurado na fachada de uma loja. A figura representa a visão de cima da região.
Olhando para o espelho, a pessoa pode ver a imagem de um motociclista e de sua motocicleta que passam pela rua com velocidade constante V = 0,8 m/s, em uma trajetória retilínea paralela à calçada, conforme indica a linha tracejada.
Considerando que o ponto O na figura represente a posição dos olhos da pessoa parada na calçada, é correto afirmar que ela poderá ver a imagem por inteiro do motociclista e de sua motocicleta refletida no espelho durante um intervalo de tempo, em segundos, igual a
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Adotemos uma vista superior em que:
No espelho plano, podemos substituir o observador pelo olho imagem O’(2 m,0), simétrico de O em relação ao espelho. Um ponto M(−5,y) da motocicleta será visto se o segmento O’M interceptar o espelho entre suas extremidades.
Seja ye a ordenada do ponto de incidência no espelho (x=0). Usando semelhança de triângulos:
\[\frac{|y_{e}|}{2\,\text{m}}=\frac{|y|}{2\,\text{m}+5\,\text{m}}=\frac{|y|}{7\,\text{m}}\quad\Longrightarrow\quad |y_{e}|=\frac{2}{7}|y|.\]
Para que o raio atinja o espelho, devemos ter |ye| ≤ Le/2 = 0,6 m. Logo:
\[\frac{2}{7}|y|\le 0,6\;\Rightarrow\;|y|\le \frac{7}{2}\,0{,}6=2{,}1\;\text{m}.\]
Assim, qualquer ponto da moto é visível apenas dentro do intervalo
\[-2{,}1\;\text{m}\le y\le 2{,}1\;\text{m}.\]
A moto + motociclista tem comprimento Lmoto=1,8 m. Seja yc a coordenada do centro da moto. Para que ela esteja inteira na região visível, os extremos (yc±0,9) devem satisfazer a desigualdade acima:
\[|y_{c}|\le 2{,}1-0,9=1{,}2\;\text{m}.\]
Logo o centro percorre o intervalo −1,2 m ≤ yc ≤ 1,2 m, cuja extensão total é Δy = 2,4 m.
Com velocidade constante V = 0,8 m/s:
\[\boxed{\Delta t=\frac{\Delta y}{V}=\frac{2,4}{0,8}=3\;\text{s}.}\]
Portanto, a pessoa verá a imagem completa da motocicleta durante 3 segundos.