UNIFESO 2014/2

Uma pequena esfera de massa M está presa à extremidade inferior de uma mola ideal cujo extremo superior está fixo ao teto. No instante t1, a esfera é abandonada com a mola na posição vertical e com seu tamanho natural L0, isto é, nem distendida, nem comprimida (Figura I) e passa a oscilar com atrito desprezível.
No instante t2, a esfera encontra-se no ponto mais baixo de sua trajetória, a uma distância h abaixo do ponto de onde foi abandonada (Figura II). Seja g o módulo da aceleração da gravidade
A variação da energia mecânica do sistema e o trabalho realizado pelo peso da esfera desde o instante t1 até o instante t2, denotados por ΔE e W1 → 2, são dados por
a

b

c

d

e

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Resposta
C

Resolução

Passo 1 – Energias no instante \(t_1\)
• A esfera é abandonada do repouso (\(v=0\)).
• A mola está em seu comprimento natural (\(x=0\)), logo a energia potencial elástica é nula.
• Tomando o nível de referência de energia potencial gravitacional na própria posição de \(t_1\), temos \(E_{pg}=0\) nesse ponto.

Portanto, a energia mecânica inicial do sistema massa + mola é
\[E_1 = K_1 + E_{pe,1} + E_{pg,1}=0+0+0=0.\]

Passo 2 – Energias no instante \(t_2\)
• No ponto mais baixo a esfera volta a estar em repouso (extremo da oscilação) → \(K_2=0\).
• A mola está esticada de \(h\) (alongamento \(x=h\)), portanto
\[E_{pe,2}=\tfrac12 k h^2.\]
• A esfera desceu \(h\) em relação ao nível adotado, logo sua energia potencial gravitacional vale
\[E_{pg,2}= -Mg h.\]

Assim, a energia mecânica no instante \(t_2\) é
\[E_2 = 0 + \tfrac12 k h^2 - Mg h.\]

Passo 3 – Aplicando conservação da energia
Para o sistema (esfera + mola), as únicas forças externas que realizam trabalho são o peso e a reação do teto (que não se desloca). O peso realiza trabalho, mas é uma força conservativa; não há atrito nem outras perdas. Logo há conservação da energia mecânica:
\[E_2 = E_1.\]
Como \(E_1 = 0\), temos
\[\tfrac12 k h^2 - Mg h = 0 \;\Rightarrow\; \tfrac12 k h^2 = Mg h.\]

Essa igualdade confirma a condição do ponto mais baixo e mostra que a própria variação de energia resulta nula:

\[\boxed{\Delta E = E_2-E_1 = 0}.\]

Passo 4 – Trabalho realizado pelo peso
O peso \(\vec{P}=M\,g\,\hat{\jmath}\) atua para baixo e o deslocamento \(\vec{d}\) também é para baixo (módulo \(h\)). O trabalho é
\[W_{1\to2}=\vec P\cdot\vec d = Mg\,h\cos 0^{\circ}=\boxed{Mg h}.\]

Conclusão
\(\Delta E = 0\) e \(W_{1\to2}= Mg h\). O gabarito corresponde à alternativa C.

Dicas

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Calcule as formas de energia presentes nos instantes t₁ e t₂.
Verifique se há forças dissipativas. Se não houver, a energia mecânica se conserva.
O trabalho do peso depende apenas do deslocamento vertical e é positivo quando a descida ocorre.

Erros Comuns

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Trocar o sinal do trabalho do peso, esquecendo que força e deslocamento têm mesmo sentido.
Supor que a energia potencial gravitacional desaparece, levando a concluir que a energia mecânica diminui (ΔE = –Mgh).
Esquecer que no ponto mais baixo a velocidade é nula e incluir energia cinética no balanço.
Revisão
  • Energia mecânica: soma de energia cinética, potencial gravitacional e potencial elástica.
  • Conservação da energia: em sistemas onde só atuam forças conservativas, a energia mecânica total permanece constante.
  • Trabalho de uma força constante: \(W=\vec F\cdot\vec d\). Para o peso, se o deslocamento é para baixo, o trabalho é positivo.
  • Ponto extremo de oscilação: velocidade zero; toda a energia está na forma potencial (gravitacional e/ou elástica).
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