Uma mulher com fator Rh negativo teve seu primeiro filho comprometido com a doença hemolítica do recém-nascido, a DHRN, e com positividade da eritroblastose fetal.
Certamente isso ocorreu porque
o pai da criança tem o fator Rh homozigoto recessivo, igual ao da sua genitora.
a mãe da parturiente é filha de uma mulher com Rh heterozigótico e pai homozigoto.
a avô do marido era Rh negativo e teve seis filhos sem DHRN e sem doença hemolítica.
havia sido aplicada a vacina anti-D depois dos quinze dias do nascimento da criança.
na infância, transfundiram sangue de igual tipagem, mas de um fator Rh heterozigótico.
Para que o primeiro filho de uma mulher Rh negativo já nasça com doença hemolítica (DHRN/eritroblastose fetal), a mãe tem de ter sido previamente sensibilizada contra o antígeno D. Isso ocorre quando hemácias Rh positivas entram, em algum momento anterior à gestação, em sua corrente sanguínea, induzindo a produção de anticorpos IgG anti-D. Esses anticorpos atravessam a placenta durante a gravidez e atacam as hemácias do feto Rh positivo.
A alternativa E descreve exatamente esse cenário: quando criança, a gestante recebeu transfusão de sangue com a mesma tipagem ABO, porém Rh heterozigoto (ou seja, Rh positivo). Assim, suas hemácias foram reconhecidas como “estranhas”, ela produziu anti-D e, já sensibilizada, passou os anticorpos ao feto durante a primeira gestação, causando a DHRN.
Logo, a causa mais plausível apresentada é a transfusão prévia de sangue Rh positivo em uma pessoa Rh negativa.