Um professor de química questionou seus alunos: Se o sabão é feito de óleos e gorduras, como é capaz de limpar superfícies engorduradas?
É uma pergunta curiosa, uma vez que a composição básica dos sabões é justamente as gorduras animais e os óleos vegetais, todos insolúveis em água, daí o porquê da água sozinha não limpar esses compostos.
Uma grande descoberta revolucionou a limpeza, através dela é possível retirar as sujeiras e gorduras acumuladas nas louças. Tudo muito simples: a mistura de óleos (ésteres) com soluções alcalinas (hidróxido de sódio ou potássio) deu origem a um produto que se dissolve em água e retira gorduras. Esse produto nada mais é do que o nosso conhecido sabão.
Um aluno intrigado com o relato do professor perguntou: Se os óleos são insolúveis em água, como é possível retirá-los usando água e sabão?
Observando a estrutura do sabão, marque a alternativa que responde CORRETAMENTE ao questionamento do aluno:
ESTRUTURA DO SABÃO:
Devido ao caráter polar e apolar do sabão, pois sua molécula possui uma parte polar e outra apolar. A cadeia apolar formada por hidrocarbonetos (− CH2) se sente atraída por óleos (apolar) e a extremidade polar (contendo íons) interage com a água.
A molécula COONa é apolar e hidrofílica (reage com água) e a cadeia de hidrocarbonetos é hidrofóbica (tem aversão à água).
A parte polar do sabão é formada pela longa cadeia de hidrocarbonetos e sua porção apolar é a parte que apresenta os íons sódio ou potássio.
O sabão consegue limpar superfícies gordurosas porque possui caráter polar e apolar e devido a essa característica sua parte polar tem afinidade pela gordura (hidrofóbica) e sua parte apolar tem afinidade pela água (hidrofílica).