Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a empresa Bioquímica do Brasil (Biobrás). Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar este hormônio. O processo permite fabricar insulina em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional. Para o tratamento da doença diabetes, este medicamento é essencial, podendo ser produzido industrialmente a partir do pâncreas suíno ou de micro-organismos modificados geneticamente — como é o caso da E. coli. [...]
O processo de produção de insulina humana, utilizando a bactéria E. coli, apresenta como princípio a
transferência de segmentos de DNA entre bactérias por meio de bacteriófagos, em um processo denominado conjugação bacteriana.
utilização do processo de transformação, que ocorre naturalmente em bactérias, em que há inserção do material genético exógeno disperso no ambiente para dentro da célula bacteriana.
transferência de fragmentos de ácido desoxirribonucleico diretamente de uma bactéria doadora para uma bactéria receptora por meio do seu pili sexual, processo denominado transdução bacteriana.
introdução de segmentos de genes inicialmente inativos que, posteriormente, serão ativados por meio da conjugação procariótica.
Transformação bacteriana: captação de DNA livre do meio; pode ser usada em laboratório por choque térmico ou eletroporação para inserir plasmídeos.
Conjugação: transferência de DNA de uma bactéria doadora (F+) para uma receptora (F−) via pili sexual.
Transdução: transferência de DNA mediada por bacteriófagos.
Plasmídeo: molécula circular de DNA que se replica independentemente e pode carregar genes de interesse (ex.: insulina).
DNA recombinante: combinação de fragmentos de DNA de diferentes origens para formar uma molécula funcional.