Um fungo geneticamente modificado que comete suicídio depois de cumprir sua função num processo industrial pode tornar mais seguros os micro-organismos transgênicos. Criado por pesquisadoras da USP, o micróbio destrói o próprio DNA quando sua comida acaba, evitando que genes estranhos contaminem o ambiente. As pesquisadoras acreditam ter desenvolvido um sistema promissor de biossegurança que pode ser aplicado a qualquer micro-organismo transgênico e buscaram um gene da bactéria Serratia marcescens, que codifica uma nuclease, enzima que quebra em pedacinhos os ácidos nucleicos, como o DNA e o RNA. “Na natureza a bactéria joga a enzima para fora a fim de degradar os ácidos nucléicos e se alimentar deles”.
O gene bacteriano, após ter sido modificado para que a nuclease permanecesse no interior da célula, é então introduzido no genoma do fungo. Essa estratégia pode ser útil numa cepa transgênica da levedura que produzisse álcool de forma mais eficaz.”
(LOPES, 2018)
A biotecnologia de transferência de um gene bacteriano para um fungo pode ser efetivada com sucesso, porque
o fungo e a bactéria têm genomas idênticos.
a tradução da mensagem genética faz-se sob um sistema de decodificação universal.
a transcrição e a tradução da mensagem genética em fungos e em bactérias ocorrem simultaneamente
o DNA e o RNA são constituídos pelas mesmas unidades monoméricas.