Um diminuto exemplar de lagarto fóssil, com menos de 2,0cm de comprimento e encontrado, ano passado, no município paranaense de Cruzeiro do Oeste, por pesquisadores da Universidade de Contestado (SC), lança nova luz sobre a evolução desses répteis no antigo continente de Gondwana. O pequeno animal, que teria vivido no período Cretáceo, é o primeiro lagarto acrodonte (com dentes que tendem a se fundir nas partes mais altas da arcada) achado não apenas no Brasil, mas em toda a América do Sul, a Gueragama sulamericana.
“Mesmo não contribuindo para melhor elucidar a origem dos acrodonte, Gueragama embaralha um pouco a história evolutiva e de diversificação do grupo, uma vez que a nova espécie é mais próxima das formas que estão presentes em outros continentes do que daquelas que atualmente vivem no Brasil ou em outros pontos da América do Sul”, comenta um paleontólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que colaborou com a descrição anatômica do animal. (UM DIMINUTO..., p.42.).
Analisando-se a história evolutiva desse diminuto lagarto, bem como as características da classe taxonômica em que ele está inserido, é correto afirmar:
No período em que esse réptil viveu, já não havia mais os dinossauros.
Esse animal não pode ser utilizado para a análise evolutiva das espécies.
A sua presença em Cruzeiro do Oeste (SC) derruba a teoria da deriva continental.
O lagarto acrodonte faz parte de uma classe, do filo cordata, que não possui ovos amnióticos.
Possivelmente, esse reptil teve sua origem na própria América do Sul, caracterizando a especiação como alopátrica.