“Três anos e quatro meses depois de aberta por Hugo Chaves com a exumação de Simón Bolívar, a temporada de caça ao veneno chegou à etapa brasileira no interior gaúcho. Em sossego desde dezembro de1976 no cemitério de São Borja, cidade onde nasceu e até agora jazia em paz, o presidente João Goulart foi transformado na bola da vez pelos praticantes da política dos mortos. Eles vivem à procura de pretexto para algum acerto de contas com o passado que permita reescrever a história com a mão esquerda.”
(Veja, 20.11.13, página 72)
Sobre as ideias de Simón Bolívar pode-se afirmar que:
Sendo espanhol, lutou pela independência de parte da América, defendendo a união de vários países de origem espanhola numa confederação controlada politicamente pela Espanha, mas independente em termos econômicos.
Defendeu a independência e união das colônias espanholas na América, para que unidas se tornassem fortes e, através de uma confederação, pudessem se ajudar política e economicamente.
Fazendo parte dos chapetones, elite espanhola na América, defendeu um governo aristocrático para a Venezuela, pregando um nacionalismo exacerbado, ideia que mais tarde foi usada por Hugo Chaves.
Era monarquista, porém diferente dos monarquistas brasileiros, defendeu uma monarquia parlamentar semelhante à da Inglaterra, na qual a população, principalmente indígena, estaria representada.