Todo ato educativo é um ato político
É possível dizer que na década de 1950, os intelectuais brasileiros descobriram o popular, entendido como resgate do sentido de nacionalidade, e elegeram o povo como sujeito social da vida brasileira. A densidade dos anos 1950 e 1960 vem do fato de se cruzarem, como atores em disputa, a elite, que ‘construiria 50 anos em 5’ (ideário que tem sua consagração na construção e mudança da capital do Brasil), e as camadas populares, que se mobilizam por conquistas sociais básicas. A atmosfera da qual se impregnou a cultura contagiou a educação.
Adaptado de BOMENY, Helena. Os intelectuais da educação. Rio de janeiro: Zahar, 2000, p. 57.
As afirmativas a seguir exemplificam corretamente iniciativas desse período em que, no pensamento social brasileiro, a questão educacional foi associada à conscientização e à transformação política, à exceção de uma. Assinale-a.
O Movimento de Educação de Base (MEB) dirigia-se às classes trabalhadoras com o objetivo de fornecer uma instrução básica para o trabalho nas fábricas e no campo.
Os Centros Populares de Cultura (CPCs) funcionavam com o intuito de levar teatro, cinema, artes plásticas, literatura e outros bens culturais ao povo
Os Movimentos de Cultura Popular (MCPs) objetivavam ampliar o universo cultural dos segmentos populares brasileiros
A pedagogia problematizadora de Paulo Freire associou a alfabetização de adultos à crença no poder libertador do conhecimento.
O Centro Brasileiro de Pesquisa Educacional (CBPE) promoveu o encontro entre ciências sociais e educação, pelas pesquisas de Darcy Ribeiro e Florestan Fernandes, entre outros.