Todavia, o que aproximava franceses, ingleses e outros colonizadores, e dava-lhes consciência de pertencerem à Europa, era aquela convicção de que encarnavam a ciência e a técnica, e de que este saber permitia às sociedades por eles subjugadas progredir.
Civilizar-se.
(Marc Ferro. Histórias das Colonizações: das conquistas às independências, 1996.)
De acordo com o historiador, no final do século XIX,
a evolução das diferentes sociedades dependia da fusão entre os saberes dos povos nativos e dos europeus.
o domínio de conhecimentos técnico-científicos embasava a crença na superioridade dos europeus.
a concepção de progresso social baseava-se no rompimento dos laços entre colonizados e colonizadores.
o ideal de pertencimento à civilização europeia envolvia questões religiosas desconhecidas por outras sociedades.
a diferença entre povo atrasado e povo desenvolvido foi superada pela missão civilizadora do homem branco.