Tiradentes era alguém com todas as características e ressentimentos de um revolucionário. Além do mais, ele se apresentava para o martírio ao proclamar sua responsabilidade exclusiva pela inconfidência. Era óbvia a sedução que o enforcamento do alferes representava para o governo português: pouca gente levaria a sério um movimento chefiado por um simples Tiradentes (e as autoridades lusas, depois de outubro de 1790, invariavelmente se referiam ao alferes por seu apelido de Tiradentes).
(MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa. A Inconfidência Mineira: Brasil e Portugal 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra, 1995, p. 216)
Ao proclamar sua responsabilidade exclusiva pela inconfidência, Tiradentes favoreceu
os conspiradores brasileiros e portugueses que pretendiam fazer dele o herói de uma epopeia nacional.
os companheiros de movimento e poetas Claudio Manuel da Costa e Tomás Antonio Gonzaga.
seus cúmplices e escritores Basílio da Gama e Gregório de Matos.
os revoltosos e fanáticos monarquistas agrupados num arraial de Minas Gerais.
os companheiros intelectuais que propagavam suas causas nos jornais do primeiro Império.
Passo 1. Compreenda o enunciado: Tiradentes declara responsabilizar‐se sozinho pela Inconfidência, oferecendo‐se ao martírio.
Passo 2. Identifique o efeito dessa atitude: ao assumir toda a culpa, ele busca afastar a perseguição e a pena dos demais envolvidos.
Passo 3. Relacione com o histórico do movimento: entre os principais inconfidentes estavam os poetas Claudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.
Passo 4. Conclua que, ao proclamar responsabilidade exclusiva, Tiradentes protegeu esses companheiros de movimento, correspondendo à opção B.