Texto
Mulher (Sexo Frágil)
Erasmo Carlos
Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que mentira absurda!
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas
[130] Vejam como é forte a que eu conheço
Sua sapiência não tem preço
Satisfaz meu ego, se fingindo submissa
Mas no fundo me enfeitiça
Quando eu chego em casa à noitinha
[135] Quero uma mulher só minha
Mas pra quem deu luz não tem mais jeito
Porque um filho quer seu peito
O outro já reclama a sua mão
E o outro quer o amor que ela tiver
[140] Quatro homens dependentes e carentes
Da força da mulher
Mulher! Mulher!
Do barro de que você foi gerada
Me veio inspiração
[145] Pra decantar você nessa canção
Mulher! Mulher!
Na escola em que você foi ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte, mas não chego aos seus pés
A partir dos versos da letra da canção: “Vejam como é forte a que eu conheço/Sua sapiência não tem preço/Satisfaz meu ego, se fingindo submissa/ Mas no fundo me enfeitiça” (linhas 130-133), considere as seguintes proposições:
I. Embora haja a exaltação da importância da mulher para o narrador, esta circunscreve-se aos afazeres domésticos e ao papel de mãe e de esposa.
II. O disfarce da baixa capacidade cognitiva feminina é tido como positiva pelo personagem masculino que se vê elogiado com a atitude.
III. O texto acentua a fragilidade feminina ao apresentar situações nas quais a mulher não consegue se sobressair sozinha, marcando uma relação de inferioridade entre os gêneros.
Está correto o que se afirma em
I e III apenas.
II e III apenas
I e II apenas.
I, II e III.