TEXTO
Leilão
[1] De manhã cedo, num lugar todo enfeitado,
nóis ficava amuntuado prá esperá os compradô
depois passava pela frente do palanque,
afincado ao pé do tanque, que chamava bebedô.
[5] E nesse dia minha véia foi comprada
numa leva separada, de um sinhô mocinho ainda
minha véinha era a frô dos cativêro
foi inté mãe do terreiro da famia dos Cambinda.
No mesmo dia em que levaram minha preta
[10] me botaram nas grieta, qui é prá mó d´eu não fugi
e desde então o preto véio aperreô.
ficou véio como tô
Mas como é grande este Brasil.
E quando veio de Isabé as alforria
[15] percurei mais quinze dia,
mas a vista me fartô!
só peço agora, que me leve siá Isabé
quero ver se tá no céu
minha véia, meu amô!!
(CAMARGO, J. S.; TAVARES, H., 1930. Disponível em <http://www.anasalvagni.com.br/principal_cdalma.htm>. Acesso em: 20 ago. 2015.)
Nessa canção, os compositores deixam impressas marcas, principalmente do/da, EXCETO
repertório linguístico variado do Brasil.
maneira como se caracteriza o falar regional.
uso da variante padrão, de prestígio, no Brasil.
acervo cultural do brasileiro, que pode revelar seu espaço social e/ou histórico.