TEXTO I
TEXTO II
Manuel da Costa Ataíde (Mariana, MG, 1762-1830), assim como os demais artistas do seu tempo, recorria a bíblias e a missais impressos na Europa como ponto de partida para a seleção iconográfica das suas composições, que então recriava com inventiva liberdade.
Se Mário de Andrade houvesse conseguido a oportunidade de acesso aos meios de aproximação ótica da pintura dos forros de Manuel da Costa Ataíde, imaginamos como não teria vibrado com o mulatismo das figuras do mestre marianense, ratificando, ao lado de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a sua percepção pioneira de um surto de racialidade brasileira em nossa terra, em pleno século XVIII.
FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa Ataíde. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
O Texto II destaca a inovação na representação artística setecentista, expressa no Texto I pela
reprodução de episódios bíblicos.
retratação de elementos europeus.
valorização do sincretismo religioso.
recuperação do antropocentrismo clássico.
incorporação de características identitárias.
Para responder à questão, é importante entender que o Texto II menciona a obra de Manuel da Costa Ataíde, ressaltando seu uso de características identitárias brasileiras na arte. A inovação destacada no texto refere-se à forma como ele recriou as figuras sacras com traços de mulatismo, algo que reflete a racialidade existente no Brasil do século XVIII.
Reflita sobre o que tornaria a arte de Ataíde inovadora em seu contexto histórico e cultural.
Pense sobre como a identidade racial brasileira poderia ser representada na arte do século XVIII.
Considere quais aspectos de uma obra de arte podem refletir características identitárias de uma sociedade.
Confundir a inovação na arte com a simples reprodução de temas bíblicos ou a influência europeia sem considerar o contexto racial e cultural brasileiro.
A arte do período colonial no Brasil é marcada por influências europeias, mas também começou a desenvolver características próprias. Artistas como Manuel da Costa Ataíde são conhecidos por incorporar elementos locais e identitários em suas obras, representando a diversidade racial do país.
Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.