TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate o empecilho à ação, e sim o fato de que não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado)
TEXTO II
Um cidadão pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar a justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos e tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quando para Aristóteles (no século IV a.C.) a cidadania era definida pelo (a)
prestígio social.
acúmulo de riqueza.
participação política.
local de nascimento.
grupo de parentesco.
A questão pede para identificar o elemento comum que define a cidadania segundo os textos de Tucídides (século V a.C.) e Aristóteles (século IV a.C.). Para isso, devemos analisar o que cada texto diz sobre o cidadão.
Análise do Texto I (Tucídides):
Análise do Texto II (Aristóteles):
Comparação e Conclusão Final:
Ambos os textos, apesar de usarem termos ligeiramente diferentes, apontam para a mesma essência da cidadania na Grécia Clássica (especialmente Atenas): o envolvimento ativo na esfera pública.
Ambos os aspectos são formas de participação política. O cidadão não é definido por sua origem, riqueza ou status social isoladamente, mas por seu papel ativo na condução da pólis (cidade-estado).
Portanto, o elemento comum que define a cidadania para ambos os autores é a participação política.
Analisando as opções:
A cidadania na Grécia Antiga, especialmente em Atenas durante os séculos V e IV a.C., era um conceito distinto do moderno. Era baseada na ideia de participação direta na vida da pólis (cidade-estado). Ser cidadão significava ter o direito e, em muitos casos, o dever de participar das assembleias, votar, ocupar cargos públicos (muitas vezes por sorteio ou eleição) e servir no exército ou na marinha.
Características principais:
Compreender essa concepção de cidadania como participação ativa na comunidade política é fundamental para interpretar os textos clássicos sobre o tema.
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.