Texto I
Canção do Exílio Facilitada
lá?
ah!
sabiá…
papá…
maná…
sofá…
sinhá…
cá?
bah!
Jose Paulo Paes
Texto II
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
O texto I mantém o tom saudosista presente na famosa canção gonçalvina.
O texto I recupera a ideia do exílio do texto II, porém em linguagem sintética.
O texto I representa uma contradição da “Canção de exílio”, de Gonçalves Dias.
O “lá” e o “cá”, na perspectiva das duas canções, têm sentidos similares.