TEXTO:
Gripe
Vos confesso que desejo
De cair convosco na cama.
Camões
Acometido de uma forte gripe
Deitei-me solitário na cama
Com dores no corpo inteiro
Suando frio e tremendo todo.
[5] Dia miserável, sem misericórdia:
Tosse, dor de garganta, febre;
Tentei em vão, retorcido, dormir
Torto, vi tevê a tarde toda.
Pensei na banalidade de uma gripe:
[10] Uma bobagem, uma ninharia.
Culpo uma noite mal dormida,
Um contato fortuito na padaria.
Irritado com esse pensamento
Com a tolice de uma enfermidade
[15] Que nem sequer é prioridade uma doença
Mas que nos deixa imprestáveis.
Assim é com muita coisa:
Um nada que nos devora
Uma vertigem no nível do chão
[20] Um vírus invisível que nos vira do avesso.
SMITH, Plínio Junqueira. Gripe. Disponível em:< http:// www.algumapoesia.com.br/poesia3/poesianet283.htm>. Acesso em: 10 set. 2014.
A série de palavras que deixa de pertencer ao mesmo campo semântico é a transcrita na alternativa
“gripe” (v. 1)/ “doença” (v. 15)/ “vírus” (v. 20).
“corpo” (v. 3)/ “garganta” (v. 6)/ “pensamento” (v. 13).
“inteiro” (v. 3)/ “todo” (v. 4)/ “toda” (v. 8).
“Dia” (v. 5)/ “tarde” (v. 8)/ “noite” (v. 11).
“banalidade” (v. 9)/ “bobagem” (v.10)/ “tolice” (v. 14).