TEXTO
“Escrever para mim é uma coisa que faz parte, que está dentro de mim, é a única coisa que eu sei fazer. É uma coisa que vem das minhas entranhas, é uma necessidade: eu sinto que tenho que fazer aquilo. Mas também é um prazer e eu me divirto ao escrever. Me cansa, me esgota, mas eu me divirto... eu não sei fazer nada que não me divirta.”
(AMADO, Jorge. Literatura Comentada São Paulo: Abril Educação, 1981)
De acordo com a leitura do texto, marque a alternativa incorreta.
Embora necessidade e prazer sejam coisas diferentes, o prazer também é algo necessário ao escritor, pois, se assim não fosse, ele saberia fazer qualquer coisa que não o diver
A expressão “para mim”, no primeiro período do texto, pode sugerir que a única coisa que o autor sabe fazer é escrever para ele mesmo. Essa ambiguidade na interpretação, entretanto, desfaz se em: “... e eu me divirto ao escrever.”
O período: “Me cansa, me esgota,...” complementa as características que Jorge Amado atribui, nos dois primeiros períodos do texto, ao ato de escrever.
Para o escritor, a ação de escrever, por ser algo da índole dele, é necessária, por isso mesmo cansa-o e deixa-o esgotado.
Há uma contradição quando Jorge Amado diz que escrever “... é a única coisa que eu sei fazer.” e “eu não sei fazer nada que não me divirta.” pois este último período sugere que ele sabe sim fazer algo mais que escrever.