CESMAC Medicina 2019/1

TEXTO

 

Como e por que leio o romance brasileiro

 

  Leitora apaixonada, fã de carteirinha, me envolvo com os romances de que gosto: curto, torço, roo as unhas, leio de novo um pedaço que tenha me agradado de forma particular. Se não gosto, largo no meio ou até no começo. O autor tem vinte ou trinta páginas para me convencer de que seu livro vai fazer diferença. Pois acredito piamente que a leitura faz a diferença. Se não, adeus! O livro volta para a estante e vou cuidar de outra coisa...

 Ao terminar a leitura de um romance de que gosto, fico com vontade de dividi-lo com os amigos. Recomendar a leitura, emprestar, dar de presente. Mas, sobretudo, discutir. Nada melhor do que conversar sobre livros... eu acho uma coisa, meu amigo acha outra, a colega discorda de nós dois...

 Na discussão, pode tudo, só não pode não achar nada nem concordar com todo mundo. No fim do papo, cada um fica mais cada um, ouvindo os outros. Quem sabe o livro tem mais de um sentido? Como foi mesmo aquele lance? E aquele personagem... vilão ou herói?

  Na minha geração e nas minhas relações, é assim que se lê romance.

 A leitura de romance, no entanto, não é só esta leitura envolvida e vertiginosa. Junto com o suspense, ao lado do mergulho na história, transcorre o tempo de decantação. Enredo, linguagem e personagens depositam-se no leitor. Passam a fazer parte da vida de quem lê. Vêm à tona meio sem aviso, aos pedaços, evocados não se sabe bem por quais articulações...

 Vida e literatura enredam-se em bons e em maus momentos, e os romances que leio passam a fazer parte da minha vida, me expressam em várias situações.

Marisa Lajolo. Como e por que ler o romance brasileiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004, p. 13-14.

O Texto, da autora Marisa Lajolo, constitui um exemplar do ‘gênero de texto declaração pessoal’, o que justifica:

a

a opção por evitar lances de interação com outros possíveis interlocutores. 

b

a omissão de admitir experiências muito íntimas como pessoa e como leitor. 

c

o uso de palavras visivelmente rebuscadas e distantes da norma coloquial. 

d

a preferência por formas verbais e pronominais da primeira pessoa do singular. 

e

a ausência de perguntas retóricas, que fujam à função de colher respostas explícitas.

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