TEXTO:
Amar e ser amado Amar e ser amado!
Com que anelo
Com quanto ardor este adorado sonho
Acalentei em meu delírio ardente
[5] Por essas doces noites de desvelo!
Ser amado por ti, o teu alento
A bafejar-me a abrasadora frente!
Em teus olhos mirar meu pensamento,
Sentir em mim tu’alma, ter só vida
[10] P’ra tão puro e celeste sentimento:
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano
–Beijar teus dedos em delírio insano
Nossas almas unidas, nosso alento,
[15] Confundido também – amante – amado
Como um anjo feliz... que pensamento!?
ALVES, Castro. Amar sem ser amado. Disponível em:http://www.jornaldepoesia.jor.br/calves15.html#amar. Acesso em: 16 nov.2018.
Em relação aos recursos linguísticos de que se apropria o poeta, é correto afirmar:
Em “Amar e ser amado” (v.1), a forma verbal amar está exercendo, nos dois registros, sentido substantivado.
Os termos “ardente” (v. 4). “doces” (v. 5) e “celeste” (v. 10) configuram-se adjetivos uniformes, com função adjuntiva adnominal.
Em “A bafejar-me a abrasadora frente!” (v. 7), o “A” e “a” classificam-se como artigo definido.
As formas nominais “mirar” (v. 8), sentir” (v. 9) e “Ver” (v. 11) apresentam, respectivamente, primeira, terceira e segunda conjugações regulares.
Em “este adorado sonho/Acalentei em meu delírio ardente” (v. 3-4), os termos em negrito exercem função de agente da forma verbal “Acalentei”.