TEXTO:
A vida e a natureza sempre à mercê da poluição
se invertem as estações do ano
faz calor no inverno e frio, no verão
os peixes morrendo nos rios
[5] estão se extinguindo espécies animais
e tudo que se planta colhe
o tempo retribui o mal que a gente faz.
Onde a chuva caía quase todo dia
já não chove nada
[10] o sol abrasador rachando o leito dos rios secos
sem um pingo de água
quanto ao futuro inseguro
será assim de norte a sul
a Terra nua semelhante à Lua.
[15] O que será deste planeta azul?
O que será deste planeta azul?
O rio que desce as encostas já quase sem vida
parece que chora um triste lamento das águas
ao ver devastadas a flora e a fauna
[20] é tempo de pensar no verde
regar a semente que ainda não nasceu
deixar em paz a Amazônia
perpetuar a vida
estar bem com Deus!
XORORÓ; ADEMIR. Intérpretes: Chitãozinho e Xororó. Planeta azul. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/chitaozinho-exororo/45235/htm>. Acesso em: 15 ago. 2019.
A leitura que se faz do poema-canção através do fragmento citado está correta na alternativa
A natureza, mesmo atingida pela insensatez do homem, continua a oportunizar-lhe o melhor, já que “tudo que se planta colhe” (v. 6).
A paisagem natural é sinalizadora de que “o tempo retribui o mal que a gente faz.” (v. 7).
Os compositores desse texto fazem referência a um “futuro inseguro” (v. 12) para a humanidade, ao declarar sua descrença em Deus.
As vozes dos compositores interagem com outras em busca de soluções “ao ver devastadas a flora e a fauna” (v. 19).
A ideia de “deixar em paz a Amazônia” (v. 22) está dissociada da veiculada no verso seguinte, ou seja, a de “perpetuar a vida” (v. 23).