TEXTO 5
Pela primeira vez na história, nova geração tem QI mais baixo que seus antecessores
A BBC News Brasil publicou uma matéria explicando um novo fenômeno em que a geração atual está demonstrando um QI (Quociente de inteligência) mais baixo do que a anterior. Conhecidos como "nativos digitais", esses são os primeiros filhos com QI inferior aos pais e estão sendo registrados em diversos países ao redor do mundo, incluindo Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc. De acordo com o neurocientista francês Michel Desmurget, o QI diminui proporcionalmente ao uso da TV e videogame.
Os testes de QI têm apontado que as novas gerações são menos inteligentes que as anteriores, mas ainda não há uma comprovação do porquê isso está acontecendo. Desmurget diz que a poluição e exposição a telas podem ser fatores muito influentes atualmente. A saúde, concentração e memória, que contribuem para um QI mais alto, podem ser facilmente prejudicadas por pesticidas inalados no ar e perturbação do sono, respectivamente.
O neurocientista deu outros exemplos do porquê o uso de dispositivos digitais pode afetar nossa inteligência. Quanto mais tempo passamos num computador ou celular, temos menos interações pessoais reais, a prática de outros exercícios e atividades diminuem e a qualidade do sono é reduzida. Isso resulta em distúrbios na concentração, aprendizagem e impulsividade, além do sedentarismo que pode afetar a maturação cerebral.
O neurocientista também diz que nosso cotidiano contribui para a evolução do nosso QI. A nossa forma de vida modifica tanto a estrutura quanto o funcionamento do cérebro. Por isso, o tempo em frente a uma tela poderia diminuir o trabalho intelectual, já que não estaríamos praticando outras atividades para manter nosso cérebro sempre bem treinado em outras funções.
Apesar da análise, Desmurget defende que a revolução digital não é maléfica ou algo que deve ser interrompido. Muitas pessoas trabalham com ferramentas digitais. Softwares e soluções como a internet vieram para facilitar nossos trabalhos, interações à longa distância e cotidiano também. A crítica feita pelo neurocientista é relacionada à falta de "exercitação" do cérebro das gerações atuais, o que resultou em um QI mais baixo que a anterior pela primeira vez na história.
CANCELIER, Mariela. Pela primeira vez na história, nova geração tem QI mais baixo que seus antecessores. Mundo conectado.com.br. 31 de outubro de 2020.
No texto 5, a referência a Michel Desmurget é apresentada de várias formas: “neurocientista francês” (1º parágrafo), “Desmurget” (2º parágrafo e 5º parágrafo), “neurocientista” (3º parágrafo, 4º parágrafo e 5º parágrafo). Isso ocorre porque o autor