ITA 2017

Texto 2: Vídeos falsos confundem o público e a imprensa 

Por Jasper Jackson, tradução de Jo Amado

 

[1]   Cerca de duas horas depois da divulgação dos atentados de terça-feira (22/03) em Bruxelas,  

apareceu um vídeo no YouTube, sob a alegação de que seriam imagens do circuito fechado de televisão  

(CCTV), mostrando uma explosão no aeroporto Zaventem, da cidade. As imagens rapidamente se  

espalharam pelas redes sociais e foram divulgadas por alguns dos principais sites de notícias. Depois desse,  

[5] surgiu outro vídeo, supostamente mostrando uma explosão na estação de metrô Maelbeek, próxima ao  

Parlamento Europeu, e ainda um outro, alegando ser do aeroporto. 

  Entretanto, nenhum dos vídeos era o que alegava ser. Os três vídeos eram gravações de 2011, dois  

de um atentado ao aeroporto Domodedovo, de Moscou, e um de uma bomba que explodiu numa estação de  

metrô de Minsk, capital da Belarus

[10]   As imagens distorcidas dos clipes do circuito fechado de televisão foram convertidas de cor em  

preto e branco, horizontalmente invertidas, novamente etiquetadas e postadas como se tivessem surgido dos  

acontecimentos do dia. Embora a conta do YouTube que compartilhou as imagens com falsos objetivos tenha  

sido rapidamente tirada do ar, outros veículos as reproduziram dizendo que eram de Bruxelas. 

  Os vídeos ilusórios são exemplos de um fenômeno que vem se tornando cada vez mais comum em  

[15] quase todas as matérias importantes que tratam de acontecimentos violentos e que ocorrem rapidamente.  

Reportagens falsas ou ilusórias espalham-se rapidamente pelas redes sociais e são acessadas por  

organizações jornalísticas respeitáveis, confundindo ainda mais um quadro já incrivelmente confuso. 

  A disseminação e divulgação de falsas informações não têm nada de novo, mas a internet tornou  

mais fácil plantar matérias e provas falsas e ilusórias, que serão amplamente compartilhadas pelo Twitter e  

[20] pelo Facebook. 

  Alastair Reid, editor administrativo do site First Draft, que é uma coalizão de organizações que se  

especializam em checar informações e conta com o apoio do Google, disse que parte do problema é que  

qualquer pessoa que publique em plataformas como o Facebook tem a capacidade de atingir uma audiência  

tão ampla quanto aquelas que são atingidas por uma organização jornalística. “Pode tratar-se de alguém  

[25] tentando desviar propositalmente a pauta jornalística por motivos políticos, ou muitas vezes são apenas  

pessoas que querem os números, os cliques e os compartilhamentos porque querem fazer parte da conversa  

ou da validade da informação”, disse ele. “Eles não têm quaisquer padrões de ética, mas têm o mesmo tipo  

de distribuição.” 

  Nesse meio tempo, a rápida divulgação das notícias online e a concorrência com as redes sociais  

[30] também aumentaram a pressão sobre as organizações jornalísticas para serem as primeiras a divulgar cada  

avanço, ao mesmo tempo em que eliminam alguns dos obstáculos que permitem informações equivocadas. 

  Uma página na web não só pode ser atualizada de maneira a eliminar qualquer vestígio de uma  

mensagem falsa, mas, quando muitas pessoas apenas se limitam a registrar qual o website em que estão  

lendo uma reportagem, a ameaça à reputação é significativamente menor que no jornal impresso. Em muitos  

[35] casos, um fragmento de informação, uma fotografia ou um vídeo são simplesmente bons demais para checar. 

  Alastair Reid disse: “Agora talvez haja mais pressão junto a algumas organizações para agirem  

rapidamente, para clicar, para ser a primeira… E há, evidentemente, uma pressão comercial para ter aquele  

vídeo fantástico, aquela foto fantástica, para ser de maior interesse jornalístico, mais compartilhável e tudo  

isso pode se sobrepor ao desejo de ser certo.” 

Adaptado de: http://observatoriodaimprensa.com.br/terrorismo/videos-falsos-confundem-o-publico-e-a-imprensa/. (Publicado originalmente no jornal The Guardian em 23/3/2016. Acesso em 30/03/2016.)

 

No primeiro período do sexto parágrafo, a palavra QUE constitui pronome relativo, EXCETO em 

a

[...] que é uma coalizão [...] (linha 21)

b

[...] que se especializam [...] (linhas 21-22) 

c

[...] que parte do problema [...] (linha 22)

d

[...] que publique em plataformas [...] (linha 23) 

e

[...] que são atingidas por uma organização jornalística. (linha 24) 

Ver resposta
Ver resposta
Resposta
C
Resolução
Assine a AIO para ter acesso a esta e muitas outras resoluções
Mais de 300.000 questões com resoluções e dados exclusivos disponíveis para alunos AIO.
E mais: nota TRI a todo o momento.
Saiba mais
Esta resolução não é pública. Assine a aio para ter acesso a essa resolução e muito mais: Tenha acesso a simulados reduzidos, mais de 200.000 questões, orientação personalizada, video aulas, correção de redações e uma equipe sempre disposta a te ajudar. Tudo isso com acompanhamento TRI em tempo real.
Dicas
expand_more
expand_less
Dicas sobre como resolver essa questão
Erros Comuns
expand_more
expand_less
Alguns erros comuns que estudantes podem cometer ao resolver esta questão
Conceitos chave
Conceitos chave sobre essa questão, que pode te ajudar a resolver questões similares
Estratégia de resolução
Uma estratégia sobre a forma apropriada de se chegar a resposta correta
Transforme seus estudos com a AIO!
Estudantes como você estão acelerando suas aprovações usando nossa plataforma de AI + aprendizado ativo.
+25 pts
Aumento médio TRI
4x
Simulados mais rápidos
+50 mil
Estudantes
Jonas de Souza
As correções de redações e as aulas são bem organizadas e é claro os professores são os melhores com a melhor metodologia de ensino, sem dúvidas contribuiu muito para o aumento de 120 pontos na minha média final!
Joice Neves
Faltavam 3 meses para o ENEM, eu estava desesperada e mentalmente fragilizada por não ver os resultados do meu esforço. Então, eu encontrei a AIO e, em 3 meses, eu consegui aumentar a minha nota média em 50 pontos. Meses depois, fui aprovada no curso que eu tanto desejei. Esse sonho se tornou real graças à AIO.
Diana Bittencourt
Não conhecia a AIO em 2022, e em 2023 e o que eu posso dizer sem dúvidas é que foi uma das maiores surpresas no mundo dos estudos. Digo isso porque, por conta dos simulados reduzidos, fazer questões e simuladinhos todo dia virou um hábito gostoso e que me trouxe resultados no ENEM surpreendentes!
A AIO utiliza cookies para garantir uma melhor experiência. Ver política de privacidade
Aceitar