GO 2013

TEXTO 1

Sobre o Erro no Ensino da Pesquisa Científica
Raymundo de Lima

Errar para Aprender Na antiguidade, Plutarco observava que o ser humano não pode deixar de cometer erros; é com os erros que os homens de bom senso aprendem a sabedoria para acertar no futuro. Algo parecido também ocorre no campo da ciência.

Como professor de metodologia da pesquisa aprendo todo dia que o erro faz parte do processo de investigação científica. Francis Bacon (séc. 17), um dos fundadores da ciência moderna, recomendava ao pesquisador desprezar as falsas noções ou “ídolos”, que impedem as descobertas científicas. Também Descartes considerava um dever do homem de bom senso evitar os erros. Hoje, com o amadurecimento das discussões epistemológicas, é possível o entendimento de que nenhuma teoria científica está imune de erros. Como produtos humanos que são, todas as teorias científicas são imperfeitas.

Na ciência, o erro não se opõe à busca da verdade, mas é visto como uma decorrência transitória desta busca. “O contrário da verdade, vale sempre repetir, não é erro, mas a mentira! O erro decorre da liberdade de investigar e será vencido, antes de tudo, pela superação de nossos preconceitos e pela disposição de sempre procurarmos novos caminhos para alcançar o que se nos oferece como um bem”, observa o professor Lauro F. B. Silveira. O “maior erro [do pesquisador] seria subestimar o problema do erro”, observa Edgar Morin.

Para o professor de Teologia da PUC-SP, Mario Sergio Cortella, “o erro não ocupa um lugar externo ao processo de conhecer; investigar [cientificamente] é bem diferente de receber uma revelação límpida, transparente e perfeita. O erro é parte integrante do conhecer não porque ‘errar é humano’, mas porque nosso conhecimento sobre o mundo dá-se em uma relação viva e cambiante (sem o controle de toda e qualquer interveniência) com o próprio mundo” (CORTELLA, 2000).

A história da ciência reconhece inúmeros casos em que os erros sinalizaram a correção do procedimento usado pelo pesquisador. Talvez o maior inventor de nosso tempo, Thomas Alva Edison (1847-1931), dentre as suas mais de mil invenções patenteadas, para inventar a lâmpada incandescente, ele teria realizado mais de 1.150 experimentos fracassados antes de chegar ao êxito de sua invenção [1]. Também o embriologista Ian Wilmut (1945), declarou ter falhado 276 vezes antes de conseguir criar um clone (cópia idêntica) de uma ovelha, em 1997, que ainda provoca muitas discussões sobre a ética na ciência [2]. Albert Sabin, inventor da vacina contra a poliomielite, lembrou sistematicamente que a invenção e a campanha de erradicação da paralisia infantil tinha sido “um trabalho de muitos, principalmente de todos aqueles que erraram antes para que o caminho do acerto ficasse mais curto depois” (MORAIS, op. cit, p. 22).

(Disponível em: http://www.espacoacademico.com. br/076/76lima.htm. Acesso em: 24 nov. 2012.)


A partir do fragmento “Talvez o maior inventor de nosso tempo, Thomas Alva Edison (1847-1931), dentre as suas mais de mil invenções patenteadas, para inventar a lâmpada incandescente, ele teria realizado mais de 1.150 experimentos fracassados antes de chegar ao êxito de sua invenção”, extraído do texto 1, percebe-se que já se passaram muitos anos desde a invenção da lâmpada incandescente. Atualmente, os tipos de lâmpadas existentes no mercado são numerosos, mas mesmo assim ainda temos aplicações para as lâmpadas incandescentes. Uma das grandes preocupações no momento é a economia de energia. Assim, percebemos uma procura por aparelhos que possam proporcionar essa economia. No caso das lâmpadas, tornou-se comum substituir as incandescentes pelas fluorescentes, por serem mais econômicas. Consideremos verdadeira a informação na embalagem de uma determinada marca de lâmpada fluorescente. O fabricante afirma que uma lâmpada fluorescente de 19 W equivale a uma lâmpada incandescente de 80 W. Considerando-se que um kWh custe R$ 0,50, a economia mensal (30 dias) gerada pela substituição de dez lâmpadas incandescentes de 80 W por lâmpadas fluorescentes de 19 W, sabendo-se que cada lâmpada fica ligada 12 horas por dia, sob tensão adequada, é de (assinale a resposta correta):
a
R$ 144,00
b
R$ 109,80
c
R$ 75,60
d
R$ 34,20
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Resposta
B
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