TEXTO 1
ENTENDA O MOVIMENTO LITERÁRIO QUE DEU ORIGEM A "MACUNAÍMA"
"Macunaíma" é uma obra que atravessa tempos e lugares, raças e linguagens, cruzando as fronteiras entre o culto e o popular. O livro faz uma síntese do povo brasileiro que se mantém atual mesmo 80 anos depois de seu lançamento. De acordo com Noemi Jaffe, autora do título "Folha Explica - Macunaíma", da Publifolha, o caráter atual da obra se mantém por tratar de temas que ainda fazem parte do Brasil. "O nosso país ainda apresenta os mesmos problemas retratados em "Macunaíma": é economicamente dependente, desigual e apresenta dificuldades de reconhecimento da identidade".
A obra "Macunaíma", de Mário de Andrade, foi escrita em 1927 e publicada em 1928. O livro pertence ao Modernismo, movimento literário que teve seu ápice em 1922, com a semana de Arte Moderna, que teve Mário de Andrade como um de seus mentores. "Seis anos depois, em 1928, ano em que “Macunaíma” foi lançado, o Modernismo já era um movimento literário mais consolidado; com nome, número, identidade e ideologia", afirma Noemi Jaffe.
Em 1928, de acordo com Oscar Pilagallo, autor da série "Folha Explica - História" e outros livros da Publifolha, "o modernismo entrava em outra fase, marcado pelo Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, publicado em maio daquele ano, e pelo lançamento de “Macunaíma”, de Mário de Andrade. Foram duas vertentes importantes, ambas marcadas pelo nacionalismo. O folclorismo de Mário e a irreverência de Oswald".
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br . (Publicado em 2008). Acesso em: 25ago.2013.
TEXTO 2

Os comentários que seguem têm por base os textos 1, 2 e 3. Avalie-os.
I. Segundo retrata o texto 1, Oswald de Andrade propôs, em 1928, o Manifesto Antropófago. O texto 2 constitui, na pintura, um exemplar dessa proposta.
II. O texto 2 é um dos principais quadros da Primeira Fase Modernista e traz uma intertextualidade explícita com duas outras telas: “A Negra” e “Abaporu”, também de Tarsila do Amaral.
III. O autor do texto 3 faz uma crítica mordaz à justiça brasileira, ao chamá-la de “Macunaíma”, personagem cuja denominação dada por Andrade é “um herói sem nenhum caráter’.
IV. É irônica a caracterização física da ‘Justiça Macunaíma’, uma vez que o personagem criado por Mário de Andrade é um indígena que, ao longo da obra, torna-se loiro. Não há alusão ao negro.
V. A frase “Ai, que preguiça!” é uma referência a Macunaíma e é retomada na charge com o objetivo de retratar a identidade do povo brasileiro atual, como sugere o primeiro parágrafo do texto 1.
Estão corretos, apenas: