GO 2016

TEXTO 1

O suplício da mangueira centenária

[...]
Foi um momento de drama e de emoção. A raiz da mangueira reagiu à força dos homens e das máquinas. Ela resistia para não ir embora. Depois de cem anos, ela fazia parte daquela terra, daquele espaço. Vieram homens da Prefeitura com a Grande Má quina que prendia em si fortes correntes. Foi retirado o portão e parte do muro para que ela pudesse passar. Aquele povo todo descendo para a Rua de Baixo para assistir ao espetáculo e ela parada, dentro da cratera, não movia uma farpa sequer de seu enorme corpo. Os homens da Prefeitura, então, amarraram-lhe o corpo com as enormes correntes e começaram a acionar o motor da Grande Máquina para forçar a saída da raiz de dentro da enorme cratera. Mas as correntes escapavam e tudo voltava à estaca zero. Depois de algumas tentativas e rearranjos de matérias foi dado um forte arranque e ela foi jogada para fora. Daí, o sofrimento foi bem maior. Aquela raiz meio batata gigante rolava para um lado e para o outro como os loucos que não querem ser segurados ou como um animal feroz que se vê indo para a jaula. E a máquina começou a andar em direção da rua que estava encrespada de gente. O olho do povo estava arregalado e alguns até choravam. Muitas e muitas daquelas pessoas iam todos os anos lá pelos meados de dezembro buscar frutas que a mangueira produzia. Era das mais doces da cidade.

Naquela dificuldade de puxar a raiz, a má quina ziguezagueava e isso causava um barulho en surdecedor. E simultaneamente, a última parte da árvore parecia responder a isso ao persistir nos gestos de resistência, enrolando-se e enrolando as correntes, ameaçando, tombando para os lados para dificultar a linha reta da máquina, enfim, não tinha como encontrar um acordo para a expulsão da raiz de seu habitat. E, assim, com todo esse esforço, a máquina conseguiu atravessar os limites do quintal e atingir a rua, arrastando a raiz. A raiz foi dominada ou foi domada pela força do homem. Mas ao entrar na rua, ela ainda guardava muita energia. Conforme a máquina a puxava ela ia amassando o asfalto e deixando seu rastro por onde passava.

(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas.

São Paulo: Nankin, 2013. p. 62-63.)

No primeiro parágrafo do Texto 1, o autor faz uso do termo “direção” para indicar para onde se deslocava uma máquina. Em cartografia, esse termo ocorre associado aos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais, utilizados como referenciais de orientação na superfície terrestre. Acerca dos pontos cardeais, colaterais, subcolaterais e demais variações angulares, assinale a alternativa correta:
a
O ponto subcolateral ENE possui abertura angular de 45° a partir do cardeal norte.
b
Entre o ponto colateral NE e o subcolateral SSE, a abertura angular é de 135°.
c
Entre o ponto cardeal norte e o ponto car deal sul, tem-se a formação de um anglo reto.
d
O ponto subcolateral SSW está a 202,5°, sentido horário, do ponto cardeal norte.
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D
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