Ter Gutenberg escolhido a Bíblia como primeiro livro a ser divulgado amplamente foi um gesto revolucionário; foi colocar o sagrado em mãos profanas. Mas vai ser no século XVIII, com o Iluminismo, aprofundando algumas questões colocadas pelo Renascimento, que a leitura avança ainda mais, pois passou a traduzir para as línguas ocidentais muitas das obras clássicas até então acessíveis apenas em grego e latim, decorrendo daí uma maior popularização da tradição cultural do Ocidente e do Oriente.
(Affonso Romano de Sant´Anna. Ler o mundo. S.Paulo: Global, 2011. p. 144)
A influência do antigo classicismo, revitalizada no Renascimento e recuperada no Iluminismo, repercutiu entre nós, sobretudo,
no bucolismo que marcou profundamente a poesia de Castro Alves.
no tom confidencial da lírica de Álvares de Azevedo.
no Arcadismo ilustrado de Tomás Antonio Gonzaga.
nos sermões em que Antonio Vieira busca moralizar os costumes.
nos textos políticos em que Joaquim Nabuco abomina a escravidão.