“[...] Tenho sido, durante muitos anos, um aderente à teoria de Copérnico. Isto me explica a causa de muitos fenômenos que são ininteligíveis por meio de teorias geralmente aceitas. Eu tenho coligido muitos argumentos para refutar essas últimas, mas eu não me arriscaria a levá-los à publicação. Há muito tempo que estou convencido de que a Lua é um corpo como a Terra. Descobri também uma multidão de estrelas fixas, a princípio invisíveis, ultrapassando mais de dez vezes as que podem ver a olho nu, formando a Via Láctea.”
Carta de Galileu a Kepler, 1597. In: BANFI, Antonio. Galileu. Lisboa: Edições 70, 1992.
Sobre o trecho da correspondência e seus conhecimentos sobre a Revolução Científica na época do Renascimento, é correto afirmar que:
O termo “teoria de Copérnico” poderia ser substituído pelo termo “teoria geocêntrica”, que foi explicitada na obra de Nicolau Copérnico. O astrônomo utilizou argumentos, fórmulas matemáticas, tabelas e diagramas para explicar a natureza do universo geocêntrico e as revoluções dos astros.
O destinatário da carta é Johannes Kepler, que publicou um trabalho refutando as ideias de Copérnico e defendendo que os planetas desenvolvem órbitas elípticas em torno do Sol, com velocidades variadas.
O remetente da carta, Galileu Galilei, expressa o temor em contestar as asserções de Copérnico, que, por sua vez, era contrário ao geocentrismo da Igreja e propunha, em seu lugar, o heliocentrismo, afirmando que a Terra girava ao redor do Sol.
Galileu Galilei, autor da carta, revolucionou o conhecimento científico, lançando os fundamentos da Física moderna. Sua teoria versava sobre o movimento dos corpos pela ação da gravidade e os três princípios das leis do movimento: o de inércia, o de ação das forças e o de ação e reação.