Tendo em vista diferentes contextos históricos em que predominou a escravidão, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas que comparam a escravidão na Roma antiga e a escravidão no período colonial da América portuguesa:
( ) Na Roma antiga os escravos eram mercadorias obtidas no comércio triangular, enquanto que no período colonial brasileiro os escravos eram prisioneiros de guerra ou apreendidos por motivo de dívida.
( ) Tanto no período antigo de Roma quanto no período colonial brasileiro, os escravos obedeciam a uma hierarquia de funções, sendo utilizados para vários tipos de atividades – afazeres domésticos, comércio e trabalho na agricultura.
( ) Tanto no período antigo de Roma quanto no período colonial brasileiro, a escravidão era considerada uma realidade natural, justificada por pensadores e por sacerdotes, mas também era questionada por opositores da escravidão dentro das próprias elites.
( ) Na Roma antiga, as rebeliões de escravos eram raras, pois eles viviam em boas condições e tinham a compra da alforria facilitada, enquanto que no período colonial brasileiro, as rebeliões eram constantes devido às condições desumanas de tratamento e impossibilidade de alforria.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
F – V – F – V.
F – V – V – F.
V – F – F – V.
V – V – F – F.
F – F – V – V.
Nesta questão, é preciso comparar alguns aspectos característicos da escravidão na Roma antiga e no período colonial brasileiro, marcando como (V) ou (F) as afirmações apresentadas. Depois, é preciso identificar a sequência correta, que, analisando cada afirmativa, resulta em (F – V – V – F).
• A primeira afirmação inverte as realidades: na Roma antiga, era mais comum os escravos serem prisioneiros de guerra ou escravos por dívida, e não ser obtidos no comércio triangular, como ocorreu no período colonial do Brasil. Portanto, ela é falsa.
• A segunda é verdadeira, pois tanto na Roma antiga quanto no Brasil colonial existia uma hierarquia de funções e os escravos trabalhavam em diversas atividades, como os serviços domésticos, o comércio e, principalmente, a agricultura.
• A terceira também é verdadeira, pois, em ambos os contextos, a escravidão foi defendida por muitos (inclusive pensadores e sacerdotes), mas houve grupos e indivíduos que se opuseram a ela, incluindo membros das elites.
• A quarta, por outro lado, é falsa, pois na Roma antiga ocorreram grandes revoltas de escravos, como o famoso episódio liderado por Espártaco, e havia situações de maus-tratos. No período colonial brasileiro, também houve rebeliões, mas não era impossível garantir alforria; havia casos de compra de liberdade ou concessão de cartas de alforria.
Dessa forma, a sequência correta é F – V – V – F, ou seja, a alternativa (B).
Escravidão em Roma antiga: Geralmente, os escravos romanos eram prisioneiros de guerra ou devedores que perdiam a liberdade. Havia vários tipos de tarefas atribuídas aos escravos e ocorriam episódios de revoltas, como a famosa revolta de Espártaco.
Escravidão no período colonial brasileiro: Os escravos eram trazidos predominantemente da África pelo comércio atlântico, etapa importante do chamado "comércio triangular". Foram destinados ao trabalho agrícola (principalmente cana-de-açúcar e, posteriormente, café), doméstico e em outras ocupações. Havia a prática de alforria, embora muitas vezes fosse difícil de ser obtida.