UENP 2016/1

Tanto o chamado Pré-Modernismo como a Semana de Arte Moderna, de 1922, caracterizam-se como momentos de transição no âmbito político, cultural e literário.

Assinale a alternativa que reúne, respectivamente: algumas das principais caraterísticas e textos pré- -modernistas; evidências e obras presentes na chamada Semana de Arte Moderna.

Afirmação dos princípios da Arte Moderna, em Há uma Gota de Sangue em Cada Poema, e o regionalismo, em Os Sertões. / Referências ao nacionalismo saudosista, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, e apresentação das vanguardas europeias, em Canaã.

Crítica e desconstrução de modelos estéticos ultrapassados, em Os Sapos, e afirmação dos princípios da Arte Moderna, em Ode ao Burguês. / Referências ao nacionalismo saudosista, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, e o regionalismo, em Os Sertões.

Referências ao nacionalismo saudosista, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, e o regionalismo, em Os Sertões. / Crítica e desconstrução de modelos estéticos ultrapassados, em Os Sapos, e afirmação dos princípios da Arte Moderna, em Ode ao Burguês.

Referências a aspectos do Naturalismo, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, e mistura de estilos literários de movimentos anteriores, em Canaã. / Busca de uma identidade nacional própria, em Cidades Mortas, e estética cultural vanguardista, em A Cinza das Horas.

O regionalismo, em Os Sertões, e a crítica ao imperialismo germânico, em Canaã. / Crítica ao Parnasianismo, em Paranóia ou Mistificação, e desconstrução de modelos artísticos antigos, em Urupês.

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Resolução

Neste exercício, analisamos os movimentos Pré-Modernista e Modernista no Brasil, com base nas obras apresentadas em cada alternativa. O Pré-Modernismo (início do século XX) manifesta preocupações sociais, busca representar o Brasil real e costuma abordar temas regionais e nacionalistas, como em “Os Sertões” (Euclides da Cunha, 1902) e “Triste Fim de Policarpo Quaresma” (Lima Barreto, 1915). Já no período Modernista, especialmente a Semana de Arte Moderna de 1922, várias obras rompem com estéticas anteriores e estabelecem novas tendências e princípios experimentais, como a crítica ao academicismo e ao Parnasianismo em “Os Sapos” (Manuel Bandeira) e “Ode ao Burguês” (Mário de Andrade).

Ao verificar as alternativas, observa-se que a letra (C) agrupa corretamente essas características e obras: no âmbito Pré-Modernista, “Triste Fim de Policarpo Quaresma” aborda o nacionalismo ingênuo e “Os Sertões” introduz o regionalismo e a análise crítica do sertão; na Semana de Arte Moderna, “Os Sapos” traz a sátira e a desconstrução das formas estéticas ultrapassadas, e “Ode ao Burguês” reafirma os princípios modernistas, com crítica social e oposição aos modelos tradicionais.

Dicas

Lembre-se de que no Pré-Modernismo, autores como Euclides da Cunha e Lima Barreto tematizam questões nacionais, regionais e sociais.

Durante a Semana de 22, poemas como “Os Sapos” e “Ode ao Burguês” surgem como marcos do rompimento com o Parnasianismo e da afirmação modernista.

Erros Comuns

Ignorar o contexto histórico de cada movimento e misturar obras de autores que não participaram da Semana de 22.

Confundir a obra pré-modernista que aborda regionalismo com as produções modernistas que criticam a estética antiga.

Achar que qualquer crítica ao academicismo literário já seria do Modernismo, sem notar as nuances do Pré-Modernismo.

Revisão

• Pré-Modernismo: Período de transição (começo do século XX) que mescla traços ainda presentes do Realismo/Naturalismo e do Simbolismo/Parnasianismo, porém já avança nas preocupações sociais e no regionalismo.
• Semana de Arte Moderna (1922): Movimento que rompe com padrões acadêmicos, valoriza a renovação estética, a autonomia artística e a identidade cultural brasileira, influenciado também pelas vanguardas europeias.

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