Somos todos iguais ou somos todos diferentes? Queremos ser iguais ou queremos ser diferentes? Houve um tempo em que a resposta se abrigava segura de si no primeiro termo. Já faz um quarto de século, porém, que a resposta se deslocou. A começar da segunda metade dos anos 1970, passamos a nos ver envoltos numa atmosfera cultural e ideológica inteiramente nova, na qual parece generalizar-se a consciência de que nós somos diferentes de fato e de direito. E o chamado “direito à diferença”, o direito à diferença cultural, o direito de ser, sendo diferente.
PIERUCCI, A. F. Ciladas das diferenças. São Paulo: Editora 34, 1999.
O autor apresenta uma característica das democracias contemporâneas.
Essa característica combate a exclusão social na medida em que
possibilita que a cidadania seja estendida a grupos minoritários.
impede que a educação escolar promova a consciência de classe.
admite que a justiça elimine os desequilíbrios entre pobres e ricos.
obriga que as cotas garantam participação política aos marginalizados.