SOBRE OS TELHADOS DO IRÃ
Sobre os telhados da noite
— no Irã
ecoa a voz agônica
dos que querem
se expressar.
Não é a ladainha dos muezins
e suas preces monótonas
(conformadas)
é o canto verde rasgando
o negro manto dos aiatolás
como se do alto das casas
fosse possível antecipar
— o parto de luz
que sangra na madrugada.
(Sísifo desce a montanha)
O poema faz referência ao som (voz agônica dos que querem se expressar) e à luz (parto de luz que sangra na madrugada), como símbolos da negação de uma realidade incômoda. O adjetivo verde, em canto verde, confirma essa aproximação. Do ponto de vista físico, luz e som são fenômenos que podem apresentar semelhanças ou diferenças. A esse respeito, são feitas as seguintes afirmações:
I. Quando se propagam no ar, som e luz têm a mesma velocidade.
II. Do ar para a água, a velocidade do som aumenta, enquanto a da luz diminui.
III. A frequência dos sons audíveis é maior que a frequência da luz.
IV. Somente o som apresenta comportamento ondulatório.
Está(ão) CORRETA(S)
apenas I e III.
apenas III e IV.
apenas II.
apenas IV.