UNIFENAS Tarde 2020

Os anelídeos são animais vermiformes, cujo corpo é composto de segmentos ou metâmeros, semelhantes entre si, em forma de anel, exceção feita aos dois primeiros e ao último segmento, denominados, respetivamente, prostômio, peristômio e pigídio. São triblásticos com simetria radial e a segmentação corporal é tipicamente heterônoma.

A excreção é feita por nefrídios, dispostos em um par por segmento. Cada nefrídio é formado por três partes: nefróstoma, um funil ciliado que recolhe os catabólitos na cavidade celomática; nefroduto, um canal sinuoso, internamente ciliado, que atravessa o anel e desemboca no nefridióporo, um poro excretor situado no anel seguinte.

Os poliquetos possuem o corpo com metamerizações externa e interna bem nítidas. Cada metâmero possui um par de expansões laterais, os parapódios, que têm funções na respiração branquial e na locomoção. Cabeça distinta do corpo, sexos separados, com fecundação externa e desenvolvimento indireto, através da larva trocófora. São quase exclusivamente marinhos. 

A digestão inicia-se pela boca; segue-se à faringe, às vezes protrátil, que se comunica com o esôfago, podendo este formar um papo e uma moela fortemente musculosa, que serve para macerar os alimentos; segue-se ao intestino, às vezes com um par de sacos intestinais (tiflossolis), os quais servem para aumentar a superfície de absorção; o intestino termina no ânus. Na parede do tubo digestório, existem células de peritônio que aumentam consideravelmente seu volume, servindo para o acúmulo de substâncias de reserva e que recebem o nome de cloragógenas. 

A epiderme é um epitélio simples, com células sensoriais, glândulas mucosas e recoberto por uma cutícula permeável. Nos oligoquetos (minhoca), há fileiras de cerdas de quitina dispostas na região ventral. Nos poliquetos (Eunice), há um feixe de cerdas, apenas nos parapódios, que são expansões dermomusculares laterais que servem como remos, permitindo a natação dos poliquetos.