Sobre o poema de Manuel Bandeira,
Irene no céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
(Em: Libertinagem. Rio de Janeiro: Pongetti, 1930.)
é INCORRETO afirmar que a relação afetiva entre o sujeito lírico e Irene
faz com que a descrição dela seja permeada pela visão carinhosa dele.
torna a linguagem mais coloquial, espelhando a ligação afetuosa dos dois.
é responsável pelo tratamento informal dado a uma entidade religiosa.
é um mero disfarce da desigualdade entre brancos e negros.
é, na visão dele, compartilhada até mesmo por São Pedro.