Sobre o livro Últimos Cantos (1851), de Gonçalves Dias, é correto afirmar:
Trata-se de uma obra póstuma em que o autor antecipa as tendências da segunda geração romântica, denominada de Ultrarromantismo, como atestam os poemas “Sobre o túmulo de um menino” e “O que mais dói na vida”.
O eu-lírico do poema “Leito de folhas verdes”, uma índia, canta as suas núpcias com Jatir, guerreiro timbira, simbolizando a origem do povo brasileiro.
O poema “Canção de Bug-Jargal” pode ser considerado um modelo da poesia indianista, pois o autor, como era uso na época, aproveitou-se muito de termos e expressões das línguas indígenas.
A musicalidade do poema “I-Juca-Pirama” está fortemente relacionada à construção dos eventos narrados pelo eu-lírico, que, na última parte, afirma ter tido conhecimento da história por meio de um velho índio.
O poeta romântico rompe com a tradição clássica para fundar uma nova linguagem poética a partir da língua tupi.