ACAFE Medicina 2019/2

O texto a seguir é característico do período literário denominado Impressionismo.

“Naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”

Gregório de Matos é o autor mais representativo da poesia barroca brasileira. Em seus poemas manifesta aspirações religiosas, expressa o amor carnal e satiriza a sociedade baiana da época. Com isso, ganha a antipatia de inúmeras pessoas de seu tempo e é obrigado a partir para o exílio, em Angola.

Nos versos
    “De repente do riso fez-se o pranto
    Silencioso e branco como a bruma

    E das bocas unidas fez-se a espuma
    E das mãos espalmadas fez-se espanto.”
Vinicius de Morais buscou, a exemplo dos simbolistas e parnasianos, o verso precioso, o vocabulário rico, complexo e raro.

“Abaixou-se junto dele, depôs a lâmina no chão. O lume baço da lanterna dando nas roupas dela espalhava sombra sobre Johann. A fronte da mulher pendeu e sua mão pousou na garganta dele. Um soluço rouco e sufocado ofegou daí. A desconhecida levantou-se. Tremia; e ao segurar na lanterna ressoou-lhe na mão um ferro... Era um punhal... Atirou-o ao chão. Viu que tinha as mãos vermelhas, enxugou-as nos longos cabelos de Johann...” Neste trecho, encontra-se um dos temas prediletos de Álvares de Azevedo, que é “a sublimação da morte da mulher amada”.