Sobre a psicopatologia, são características que a compõem, exceto
Uma das principais características da psicopatologia, como campo de conhecimento, é a multiplicidade de abordagens e referenciais teóricos que tem incorporado nos últimos 200 anos. Tal multiplicidade é vista por alguns como "força" científica, como prova de sua maturidade. Os psicopatólogos são criticados por essa diversidade de "explicações" e teorias, por seu aspecto híbrido em termos epistemológicos (lonesco, 1994).
A psicopatologia é, por natureza e destino histórico, um campo de conhecimento que requer debate constante e aprofundado, no qual não há e não pode haver uma teoria ou perspectiva amplamente hegemônica. Aqui, o conflito de Ideias não é uma debilidade, mas uma necessidade. Não se avança em psicopatologia negando e anulando diferenças conceituais e teóricas; evolui-se, sim, pelo esforço de esclarecimento e aprofundamento de tais diferenças, em discussão aberta, desmistificante e honesta.
Campbell (1986) define a psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença ou transtorno mental - suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação. Entretanto, nem todo estudo psicopatológlco segue a rigor os ditames de uma "ciência dura", "ciência sensu strictu". A psicopatologia, em acepção mais ampla, pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. É um conhecimento que se esforça por ser sistemático, elucidativo e desmistificante.
Como conhecimento que visa ser cientifico, a psicopatologia não inclui critérios de valor, nem aceita dogmas ou verdades a priori. Ao se estudar e praticar a psicopatologia, não se julga moralmente aquilo que se estuda; busca-se apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos do transtorno mental.
Apesar de se beneficiar das tradições neurológicas, psicológicas e filosóficas, a psicopatologia não se confunde com a neurologia das chamadas funções corticais superiores (não se resume, portanto, a uma ciência natural dos fenômenos relacionados às zonas associativas do cérebro lesado), nem com a hipotética psicologia das funções mentais desviadas. Assim, podemos defini-la como uma ciência autônoma, e não um prolongamento da neurologia, da neuropsicologia ou da psicologia (seja ela experimental, seja ela psicométrica ou social). Ela é ricamente nutrida por essas tradições, mas não se confunde com elas.
Para responder a essa questão, é necessário entender o que NÃO é característico da psicopatologia. A alternativa A apresenta a multiplicidade de abordagens e referenciais teóricos como uma 'força' científica, o que é uma visão controversa e não é uma característica consensual da psicopatologia. As demais alternativas descrevem aspectos mais aceitos sobre o campo da psicopatologia.
Considere o que torna a psicopatologia uma disciplina única e quais aspectos são controversos ou não são universalmente aceitos.
Procure a alternativa que apresenta uma perspectiva que não é necessariamente verdadeira ou que é vista de forma diferente por diferentes estudiosos da área.
Reflita sobre o papel do debate e da diversidade de teorias na evolução da psicopatologia.
Um erro comum é selecionar uma resposta que parece correta em um nível superficial sem analisar o contexto mais amplo da disciplina ou sem considerar que a questão pede o que NÃO é característico da psicopatologia.
A psicopatologia é o estudo dos transtornos mentais e de comportamento, incluindo suas causas, manifestações e tratamento. O campo é marcado pela diversidade de teorias e abordagens, e não existe uma única visão dominante. Ela é influenciada por diversas disciplinas, como neurologia, psicologia e filosofia, mas mantém sua autonomia.