Sobre a obra Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
Mesclando a oralidade da gíria com o português formal, os 13 capítulos da obra empolgam pela linguagem ágil e narrativa naturalmente realista. Não por acaso, o livro despertou o interesse de produtores de cinema e de editores estrangeiros, interessados em explorar aspectos sociais inerentes à vida nas favelas.
A protagonista relata seu “desgosto por ser mulher”, e diante das rivalidades e disputas entre as mulheres da favela (incluindo a narradora), ela afirma que gostaria de ter nascido homem e que isso tornaria sua vida mais fácil.
Os textos que deram origem ao livro foram escritos entre 1955 e 1960 por uma moradora da favela que se expandia às margens do rio Tietê, no bairro do Canindé, e selecionados pelo repórter Audálio Dantas.
Carolina em seu diário contrasta a ideologia desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, então presidente da república, com sua condição de vida na favela, o que a impede de nutrir simpatias por: "[...] o que o senhor Juscelino tem de aproveitável é a voz. Parece um sabiá [...] residindo na gaiola de ouro que é o Catete. Cuidado sabiá, para não perder esta gaiola, porque os gatos, quando estão com fome, contemplam as aves nas gaiolas. E os favelados são os gatos. Têm fome."