Sobre A Hora dos Ruminantes, leia as afirmações a seguir:
I. Se tomarmos A Hora dos Ruminantes sob o aspecto alegórico, veremos que se reincena o mesmo jogo político de praticamente toda a história brasileira; a intervenção de um poder centralizador que ignora os direitos humanos mais básicos com o intuito de fazer o país alcançar o patamar mundial – o capitalista.
II. A Hora dos Ruminantes é uma narrativa em 3a pessoa onisciente. O discurso do narrador não só revela ao leitor a subjetividade de vários personagens como incorpora a voz desses à sua. Sendo onisciente em relação a todos os personagens, o narrador compartilha com o leitor todas as informações sobre a trama.
III. Em A Hora dos Ruminantes, o carroceiro Geminiano faz papel de valente diante dos homens da tapera, recusa-se a obedecer a suas ordens, mas não demora a ser o primeiro a servi-los. Manuel Florêncio, o marceneiro, também é resistente, mas acaba cedendo.
IV. Amâncio Mendes é o melhor exemplo de entrega do indivíduo aos apelos de uma ideologia totalitária. Sem qualquer escrúpulo, alia-se aos homens da tapera, seduzido pelas novidades propagadas sobre progresso e modernidade e passa a servir como uma espécie de interlocutor entre os homens e sua comunidade.
V. Os animais – cachorros e bois – são o símbolo de uma violência que se instala sem resistências; ou antes, a metáfora de uma bestialização do indivíduo. Quando os homens da tapera, de A Hora dos Ruminantes, enviam os cachorros à cidade, a cumplicidade e a subserviência da população são patéticas: todos passam a servir os cachorros como verdadeiros escravos.
A alternativa correta é:
I-II-III-IV
I-II-IV-V
III-IV-V
II-III-IV-V