Só num sentido muito restrito, o indivíduo cria com seus próprios recursos o modo de falar e de pensar que lhe são atribuídos. Fala o idioma de seu grupo; pensa à maneira de seu grupo. Encontra a sua disposição apenas determinadas palavras e significados. Estas não só determinam, em grau considerável, as vias de acesso mental ao mundo circundante, mas também mostram, ao mesmo tempo, sob que ângulo e em que contexto de atividade os objetos foram até agora perceptíveis ao grupo ou ao indivíduo.
MANNHEIM, K. Ideologia e utopia. Porto Alegre: Globo, 1950 (adaptado).
Ilustrando uma proposição básica da sociologia do conhecimento, o argumento de Karl Mannheim defende que o(a)
conhecimento sobre a realidade é condicionado socialmente.
submissão ao grupo manipula o conhecimento do mundo.
divergência é um privilégio de indivíduos excepcionais.
educação formal determina o conhecimento do idioma.
domínio das línguas universaliza o conhecimento.
Para resolver esta questão, é fundamental analisar o argumento central do texto de Karl Mannheim e conectá-lo com as opções fornecidas.
A Sociologia do Conhecimento é um ramo da sociologia que investiga as relações entre o pensamento humano e o contexto social em que ele surge. Ela parte do princípio de que o conhecimento não é absoluto ou puramente objetivo, mas sim influenciado, e em certa medida determinado, por fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e históricos.
Karl Mannheim (1893-1947) foi um sociólogo húngaro influente, considerado um dos fundadores da sociologia do conhecimento clássica. Em sua obra "Ideologia e Utopia", ele argumenta que diferentes grupos sociais desenvolvem diferentes estilos de pensamento e visões de mundo, baseados em suas posições e experiências sociais. Ele explora como a linguagem, as categorias de pensamento e as próprias percepções da realidade são moldadas pelo pertencimento a um grupo social específico. A ideia central é que nosso acesso ao mundo é mediado pelas ferramentas conceituais e linguísticas que herdamos de nossa sociedade e grupo.
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.