Segundo Célia Giglio (autora do texto Projetos pedagógicos: utopias para fazer caminhar), para que o projeto pedagógico da escola se aproxime cada vez menos das amarras da obrigação burocrática e se torne uma nova oportunidade para o exercício da autonomia intelectual e da responsabilidade profissional dos educadores, é preciso
desobrigá-los da realização das finalidades da educação nacional, sem retirar da escola o conjunto de princípios a partir dos quais ela deve organizar seu ensino.
afastar-se da definição do projeto pedagógico como planificação de longo prazo que também define as estratégias de gestão.
evitar que o processo de construção do projeto pedagógico seja uma arena política onde se confrontam diferentes concepções e modelos de escola.
promover o reconhecimento de que a escola não é parte constituinte das políticas educacionais, mas apenas o efeito delas.
traçar estratégias e táticas para uma construção que resulte da produção de saber da escola sobre ela mesma, que fortaleça ou dê visibilidade a uma identidade própria.