TEXTO PARA AS QUESTÕES 26 E 27.
O Ensino Colaborativo [...] trata-se de um serviço de apoio especializado, no qual estudantes com deficiência, transtorno do espectro do autismo e/ou altas habilidades/superdotação recebem educação especializada e serviços relacionados à sua escolarização, no próprio contexto da sala de aula comum da escola regular.
É um trabalho de parceria de dois profissionais, licenciados para ensinar, que atuam como coprofessores, sendo um o ‘educador geral ou de ensino comum’ e o outro, um ‘educador especial’. Ambos participam plenamente, embora de formas diferentes, do processo de ensino e aprendizagem. O ‘professor de ensino comum’ mantém a responsabilidade primária, em relação ao conteúdo que será ensinado, enquanto o educador especial se responsabiliza pelas estratégias de promoção desse processo.
Os estudantes são agrupados de forma heterogênea e os dois professores trabalham com TODOS. Várias combinações com estudantes e tamanhos de grupo podem ser usadas, de modo que cada aluno tenha todo seu potencial de aprendizagem explorado. Os coprofessores devem estar firmemente comprometidos com a ideia de que todos são ‘nossos’ e não ‘os meus e/ou os seus estudantes’.
O Ensino Colaborativo não acontece em uma sala de aula comum, na qual um professor age como o ‘principal’, enquanto que o outro atua como ‘ajudante’; muito menos, quando a atividade com o estudante com deficiência é ensinada pelo professor especializado no canto de uma sala de aula, enquanto o professor do ensino comum se dedica ao restante da classe.
No Ensino Colaborativo, professor especializado e o professor do ensino comum dividem a responsabilidade do ensino, os erros e os acertos. Por isso, o profissional da Educação Especial não entra na sala de aula para supervisionar, criticar, ou para ensinar o que os outros devem fazer, mas sim, para contribuir, aprender e somar, ou seja, colaborar para a meta comum, que é favorecer a aprendizagem e o acesso ao currículo, por todos os estudantes. (CAPELLINI; ZERBATO, 2019, p. 38-39).
Segundo Capellini e Zerbato (2019), a gestão escolar no ensino colaborativo tem papel fundamental, pois é ela que:
deve encorajar as(os) professoras(es) do ensino comum e do atendimento educacional especializado a aderirem ao trabalho em colaboração e oferecer-lhes as condições necessárias para a construção de uma cultura inclusiva colaborativa na escola.
pode obrigar professoras (es) a trabalharem em duplas e oferecer-lhes condições diferenciadas de valorização do trabalho devido à opção desse formato de atuação.
possibilita a construção de uma cultura colaborativa inclusiva na escola e define os papéis dos (as) profissionais para o atendimento especializado fora da sala de aula.
fornece as devidas condições para que as (os) professoras (es) regentes atuem com os estudantes sem deficiência, enquanto o (a) professor (a) de educação especial trabalha com os (as) estudantes público-alvo da educação especial.
define os papéis dos (as) diferentes profissionais envolvidos no ensino dos (as) estudantes público-alvo da educação especial e dos (as) estudantes sem deficiência.