“[...] se partiu para Calicute que é além setenta léguas [...] há nela muitos mouros que até agora sempre nela trataram de especiaria, porque é assim como Bruges em Flandres, escapo principal das cousas da Índia que de fora vêm a ela, e nela não há senão canafístula e gengibre [...] e começou logo de tratar suas mercadorias e de carregar as naus de especiaria.”
(Segundo Carta de D. Manuel I aos Reis Católicos, em 28 de agosto de 1501. Citada por Dias, C. M. História da Colonização Portuguesa do Brasil, vol. 2, Litografia nacional, págs. 165-167. In: AQUINO, Rubim Santos Leão de, et. al. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. 26. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993, p. 20)
Levando em conta o projeto expansionista português, podemos afirmar que:
Assinale a alternativa CORRETA.
A experiência portuguesa, nas Grandes Navegações foi realizada estritamente pelo Estado, representado pela Dinastia de Borgonha com apoio da Igreja Católica.
Os portugueses passaram a se interessar pelo comércio marítimo, devido ao contato com os comerciantes da Liga Hanseática, que transformaram Lisboa em um importante entreposto comercial.
Os portugueses, ao optarem pela rota do Ocidente, levaram adiante dois empreendimentos: conquistar um caminho para as Índias e explorar os produtos africanos.
A primeira conquista portuguesa foi Ceuta, que tinha como objetivos conter a pirataria no estreito de Gibraltar e reduzir a influência muçulmana no Marrocos.
A experiência marítima portuguesa foi possível, graças à contribuição da nobreza e do clero no projeto expansionista, apoiada pelo Infante D. Henrique de Bragança.