Se o organismo for o único nível de unidade de seleção, então a seleção natural trabalharia sempre contra a evolução do altruísmo. Se o grupo é, às vezes, unidade de seleção, então a seleção natural favorece, às vezes, traços altruísticos. A evolução de um comportamento altruísta seria altamente improvável no caso de um grupo isolado, pois o indivíduo altruísta tenderia a ser eliminado. Porém, se houver competição entre os grupos em um processo de expansão de populações, esse comportamento poderia evoluir, porque os grupos altruístas tenderiam a crescer e se expandir mais rapidamente do que os egoístas.
CHEDIAK, Karla. Filosofia da Biologia. Coleção Passo a passo. Rio de Janeiro: Zahar, n.81, 2008, p. 32.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre evolução, pode-se inferir:
O altruísmo aumenta a competição entre os indivíduos de uma população favorecendo a sobrevivência dos mais fortes.
A evolução biológica é a expressão do altruísmo, ou seja, a luta dos indivíduos pelos recursos do ambiente, por isso, aqueles que apresentam as caraterísticas que os tornam superiores aos outros deverão ser os mesmos que irão sobreviver.
No mundo selvagem, o egoísmo é a característica mais importante na sobrevivência dos organismos na luta cruel pela manutenção da vida.
O altruísmo ao ser considerado como característica de expressão de uma população natural poderá desenvolver uma seleção positiva nesse grupo e, dessa forma, favorecer à sua sobrevivência.
Um indivíduo que apresenta características altruístas possui todo o potencial adaptativo necessário para sobreviver às pressões seletivas impostas pelo ambiente.